Diz-nos Emmanuel: "O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo. E o espírita, que não cogitou da sua iluminação com Jesus Cristo, pode ser um cientista e um filósofo, com as mais elevadas aquisições intelectuais, mas estará sem leme e sem roteiro no instante da tempestade inevitável da provação e da experiência, porque só o sentimento divino da fé pode arrebatar o homem das preocupações inferiores da Terra para os caminhos supremos dos páramos espirituais" (O Consolador, item 236).
Ante tão grave assertiva, e considerando que o Evangelho Segundo o Espiritismo trata especificamente do comportamento humano, o objetivo do encontro não pode ser outro senão buscar despertar o confraternista para a necessidade de conhecer e utilizar adequadamente esse código divino, que é "o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura", como sabiamente afirmou nosso codificador.
É inconcebível falar de espiritismo sem mencionar os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, sem tentar direcionar os seus seguidores para a prática dessas verdades incontestáveis que favorecerão o caminho da felicidade.
São Vicente de Paulo, no ESE, faz a seguinte reflexão:
"Por que desprezar os seus ensinamentos divinos?"
"Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos?"
"Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as."
Existe objetivo mais sublime do que esse?
Nosso encontro, portanto, estará plenamente justificado se conseguirmos acordar nossas consciências, e na quarta-feira de cinzas iniciarmos a nossa autoiluminação, esforçando-nos para sermos indivíduos saudáveis do ponto de vista espiritual, trabalhando para nos tornarmos verdadeiramente homens de bem, pois de acordo com Emmanuel, ainda no livro O Consolador, item 234, "o homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo".
Equipe de Estudos 2014